segunda-feira, 30 de maio de 2011

Meus Oito Anos

Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais.

Como são belos os dias
Do despontar da existência
Respira a alma inocência,
Como perfume a flor;

O mar é lago sereno,
O céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado,
A vida um hino de amor !

Que auroras, que sol, que vida
Que noites de melodia,
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar

O céu bordado de estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
[...]  
Casimiro de Abreu

Por: Maria Luíza Alves de Medeiros

5 comentários:

  1. Lindo poema em que o autor relembra sua infancia.
    Podemos observa que ele utiliza muito a natureza.
    Carolina Gomes

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  2. Casimiro de Abreu foi um ótimo escritor do Romantismo na Geração Byroniana e suas obras possuem características que é claramente vista nesse poema, a linguagem fácil e a temática da infância. Excelente poema!

    Tábata Silva Ramos

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  3. Mais um exemplo de que a infância é a criação do adulto.

    Por: Davidson Macerl

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  4. Legal a integração do passado do autor com a natureza. Bom texto

    By.: Lipuxu - Filipe Vaz

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  5. É uma grande característica de alguns autores e músicos relembrarem seu passado e as vezes até incluir a natureza nele, como nesse texto...

    By.: Lauruxinhu - Lauro BRITO ¬¬

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